Nunca sem poesia
Artista de inspiração demiúrgica por força de uma aguda consciência estética, RW se apropria de todos os signos da linguagem para recriá-la e ressignificá-la. Em clave baudeleriana, da qual decorre o título desse conjunto foto-cine-poético, emerge um pout-pourri verbo-imagético-sensorial. De sua plataforma crítico-reflexiva lança um olhar escrutinador, pluridimensional, imersivo e polissêmico sobre o que é essencial, profundo e humano. Uma escrita visceral, de fluxo intertextual e metalinguístico, que concretiza um certo ‘zeitgeist’ (espírito do tempo) e consolida sua voz inconfundível, cuja expressão flerta com a autodefinição de Murilo Mendes: “Sou poeta irrevogavelmente.” Ronaldo Cagiano
Por Antônio Sérgio Bueno
Ronaldo Werneck exibe uma inimaginável liberdade para lançar mão de ritmos inumeráveis, de inesgotáveis imagens surpreendentes e de variados “desenhos” criados pela distribuição dos versos na folha branca de papel. As palavras dançam, serpenteiam, se horizontalizam, se verticalizam, se constelam, mergulham e alçam voos. Vale lembrar o aproveitamento intersemiótico que Ronaldo faz de outros códigos artísticos, que potencializam a expressividade verbal. Basta observar a rica presença da fotografia. Este livro mostra vários poemas extensos como «l´après-midi à tipasa” e minimalistas como esta lúdica experiência a partir da palavra-alicerce “criança”: “criança / criânsia / crianção / criancião” (“Criancião”).
Mais sobre o autor e o livro:
https://www.editorasinete.com.br/nunca-sem-poesia
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Edição: 1ª
Ano: 2025
Assunto: poesia
Idioma: Português
País de Produção: Brasil
ISBN: 978-65-83126-23-8
Formato: brochura, 16 x 23 cm
Nº de Páginas: 152